Prosperidade,
abundância e autovalor
Quando se
pensa sobre prosperidade, é útil entender que é um recurso que flui através de
nós. Nós somos um canal para a abundância. Logo que entendermos isso, começamos
a identificar o fato de que somos nós mesmos que escolhemos como canalizar esse
recurso. Viktor Frankle fez essa distinção no campo de concentração. Ele foi
despojado de cada uma das suas possessões materiais, inclusive os sapatos. A
única coisa que lhe restou, foi sua habilidade em acreditar em si mesmo e a
abraçar a idéia que ele ainda era uma pessoa de bem, apesar do fato de terem
lhe tirado tudo.
Isso é uma
distinção importante a fazer, porque então ter dinheiro não é mais uma questão
de autovalor. Dinheiro não determina quem você é; simplesmente é um recurso.
Ter um forte juízo interno de si mesmo é que é verdadeiramente importante.
Dinheiro é meramente um elemento externo. Assim que as pessoas param de
comparar o seu autovalor com o dinheiro, as portas das possibilidades se abrem
porque elas estão propensas a tentar outras coisas. Ao se sentirem bem com elas
mesmas, elas ficam menos medrosas e estão abertas para tentar algo
completamente diferente.
É só uma
questão de dizer para si mesmo, "Aqui está o resultado que eu quero e
existem diversas maneiras de alcançá-lo. Várias possibilidades. Se alguma não
funcionar, então eu vou tentar uma outra."
E se a
próxima não funcionar, é simplesmente um feedback que você precisa para tentar
alguma outra coisa. Isso não significa que você é um fracassado ou uma pessoa
desagradável. Simplesmente significa que existe algo lá fora que eventualmente
funcionará e que este algo está fora de você. Você internamente ainda é a mesma
pessoa.
Medir o
autovalor de alguém somente pela quantidade de dinheiro que essa pessoa tem
pode ser devastador. Por exemplo, esteve aqui uma mulher que tinha 17 milhões
de dólares colocados em um "trust fund" pelos seus pais. Este fundo
rendia pelo menos 800 mil dólares ao ano e duraria toda a sua vida. Essa pessoa
encontrou sua identidade e seu autovalor no estilo de vida que levava e pela
quantia que possuía. Por exemplo, certa vez ao sair para compras, ela gastou 18
mil dólares na seção de lingeries duma loja de departamentos.
A maior
parte das ações que ela tomava quando se tratava de gastar grandes quantias de
dinheiro eram resultado da comparação que ela fazia com sua irmã. A irmã estava
na mesma situação; também tinha um "trust fund" que rendia muito.
Entretanto, sua irmã nunca olhou para o dinheiro como um aspecto da sua
identidade. Ela nunca determinou seu autovalor pela quantia que possuía.
Para ela,
todo esse dinheiro significava que ela possuía algo para recorrer se lhe
acontecesse um problema no futuro. Ela se casou e iniciou diversos negócios com
seu marido. Foram extremamente bem sucedidos por seus próprios méritos e,
depois de alguns anos, os rendimentos do "trust fund" dela se
tornaram relativamente pequenos se comparados com os lucros gerados pelos
negócios que eles tinham desenvolvido.
É
interessante, pois a mulher que baseou a sua identidade e autovalor nos seus
recursos financeiros, gastava grandes quantias de dinheiro para não ficar atrás
da sua irmã. No fim ela quebrou. Esse é um exemplo extremo de alguém que mede o
seu autovalor pela quantidade de dinheiro que tem.
A situação
desta mulher se tornou mais complicada quando ela começou a se comparar com a
irmã, o que também é uma afirmação sobre o seu autovalor. É comum uma pessoa
comparar seu status financeiro com o de alguém e, lamentavelmente, essa é a
origem de muitas angústias emocionais que as pessoas carregam. As pessoas têm a
tendência de se compararem com os amigos, os colegas de trabalho, outros
membros da família e muitos outros.
Quando as
pessoas se comparam com alguém, o que estão fazendo é realmente um julgamento
entre elas e a outra pessoa. Em algum nível, elas estão baseando sua identidade
e autovalor em elementos externos.
Quando
alguém decide se comparar e se julgar com menos freqüência, vai começar a notar
mudanças surpreendentes na sua vida porque ele estará vendo a vida olhando de
dentro para fora. Ele estará internamente referenciado, o que irá aumentar seu
autovalor e sua identidade porque ele estará determinando quem ele é a partir
do seu próprio coração. Ele não dará mais às outras pessoas a oportunidade de
determinar quem ele é, porque ele já se conhecerá a um nível mais profundo e
espiritual.
Quando uma
pessoa se compara com outra, existe uma intenção positiva por trás do seu
comportamento, mesmo que o comportamento possa aparentar ter menos recursos.
Quando ela começa a entender estas intenções positivas e, muitas vezes, elas
giram em torno do autovalor e da identidade, ela começará a curar a ferida
inconsciente que está impedindo-a de alcançar a prosperidade e a abundância. De
novo, é aí onde as crenças limitantes e os imprints entram em jogo.
A identidade
de uma pessoa não é algo que acontece de repente como por encanto. É algo que a
pessoa constrói com o tempo. Ela tem uma experiência e interpreta essa
experiência no seu cérebro. Toma esta experiência, dá a ela algum nível de
critério e a armazena. E em algum nível, ela diz "Eu me baseio nessa
experiência". Ela tem outras experiências, empilhando uma em cima da
outra. Muitas pessoas tendem a selecionar as negativas e descartar as
positivas. Durante um tempo, a pessoa começa, de propósito, a empilhar numa
direção e descarta tudo o mais. Nós somos as criaturas do descarte. A intenção
positiva que está por trás da escolha pelo negativo é proteger a pessoa de ter
novamente outra experiência negativa.
No fim, a
pessoa também esquece de escolher o positivo. Ela necessita aprender a absorver
todas as suas experiências positivas para manter o balanço. Quando uma pessoa
traz para dentro de si todos os elementos positivos de uma experiência e remove
as partes negativas, ela começa a perceber que a informação negativa não é
sobre ela. Isso torna mais fácil aferrar-se a todos os aspectos positivos de
uma situação, e integrá-los enquanto se livra do negativo.
Se livrar
dos aspectos negativos de uma situação, enquanto integra os positivos, com o
passar do tempo irá mudar de maneira dramática a situação financeira de uma
pessoa porque ela começa a desenvolver um sentimento mais profundo do
autovalor. Em vez de basear seu autovalor nos elementos externos de um
contracheque, ela desenvolve um forte sentimento de autovalor que lhe dá
coragem para tentar novas coisas e assim expandir suas oportunidades.
Por exemplo,
conheci um zelador que ganhava por volta de $1.800 dólares por mês. Depois de
trabalhar algumas de suas crenças com a PNL e também de algum planejamento
financeiro, ele decidiu começar seu próprio negócio. Começou economizando
dinheiro e comprou todas os materiais de que precisava. Conseguiu um contrato
de limpeza perto do seu trabalho e contratou alguém para cumprir o contrato.
Depois conseguiu outro e contratou mais um para ajudá-lo. Depois de um tempo,
ele decidiu sair do seu emprego e começar sua própria empresa de limpeza. Ele,
no fim, percebeu um tremendo aumento na sua remuneração mensal e uma sensação
de liberdade que nunca havia experimentado antes.
Ele ainda
fazia o trabalho de zelador. O que havia mudado era o seu autovalor. Ao invés
de pensar "Oh, eu sou apenas um zelador, não posso fazer mais nada; não
sou bastante esperto," ele começou a pensar "O que é possível?"
Todo mundo necessita alguém que venha e faça a limpeza. As casas e as escolas
precisam. Eles estão me contratando para fazer isso, então por que eu não passo
para o outro lado da cerca e começo o meu próprio negócio.
É assim que
você explora as possibilidades. Começa com um sonho. Depois é uma questão de
transformar este sonho em realidade. Quando uma pessoa começa a aceitar o seu
próprio autovalor e se abre para a idéia de que é possível, ele atrai a
abundância e a prosperidade para a sua vida. O mundo exterior é um reflexo do
nosso mundo interior. Se alguém, no seu íntimo, está se sentindo bem, isso
geralmente se reflete na sua aparência, e ele vai atrair experiências positivas
para sua vida. É deste modo que a vida funciona.
Referências:
Hallbom, T.
and K. Johnson, "Alternative Medicine: The Definitive Guide",
(Beverly Hills, CA: The Holistic Book Project, 1993) "Neuro-Linguistic
Programming", p. 382.
Nancy Gibbs, Time Magazine, (Time, Inc., Principal
Office, Oct. 2, 1995) Vol. 146: No. 14. "The EQ Factor", pp. 60-69.
Information in the article is based on the book written by Harvard psychologist
Daniel Goleman, Ph.D., "Emotional Intelligence" (Bantam, 1995).
Daniel Goleman, Reader's Digest, (The Readers Digest
Association, Jan. 1995). "What is your Emotional IQ? Pp. 49-52."
Condensed from "Emotional Intelligence" by Daniel Goleman, Ph.D.
Kris Hallbom
é jornalista independente, co-diretora do Instituto de PNL da Califórnia, é
formada em Psicologia e Línguas. Também é Master Practitioner em PNL.
Armand D'Alo
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